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A mostrar mensagens de janeiro, 2018

O INFERNO NO PARAÍSO

 O INFERNO NO PARAÍSO Pantanal, Brasil. Um dia abrasador e arrasador. Cercados apenas pela natureza, água, vegetação e animais. Uma visão paradisíaca! Percorrer a estrada pantaneira num autocarro, sem ar condicionado, foi penoso e longo. Um desafio superado com consequências nefastas para o corpo e com algumas baixas. Uma bomba de gasolina no meio do nada. O imprevisto que se manifesta na avaria do autocarro. A deceção dos que decidem regressar! A primeira “chapada”. Sem aviso somos invadidos pelo verde intenso que nos cerca e pelas quedas de água cristalina, cujo som se confunde com o canto dos pássaros de várias raças e cores. Uma festa de som e de cor que invade os nossos sentidos. Quando finalmente chegamos ao Hotel Fazenda o almoço tardio que nos esperava pareceu-nos a coisa mais abominável à face da terra. O corpo cansado e nauseabundo de transpiração, pedia líquidos e descanso. Os sentidos estavam embotados de tanto ver, ouvir e sentir, cheios, tal qual a máquina

COINCIDÊNCIAS

COINCIDÊNCIAS Humberto saiu do escritório logo que a reunião do conselho de administração terminou. Eram dezoito horas. Vitor, o sócio maioritário, já se tinha acostumado às saídas intempestivas e, embora o colega e amigo não fizesse confidências sobre o assunto, pairava no ar um clima de romance. Ao vê-lo sair assim, desaustinado, como que em estado de urgência, Vitor não conseguiu evitar um sorriso e veio-lhe à mente a imagem da sua esposa, cuja similitude de comportamento era notável, às quintas-feiras, quando se ausentava para a aula de dança, que se prolongava entre as dezanove e as vinte e três horas. Coincidências! Aquela era uma noite muito importante porque Juliana, a amante de Humberto, iria dar-lhe a resposta porque tanto ansiava. O seu futuro dependia inteiramente do sentido dessa resposta! Vezes sem conta eles haviam trocado juras de amor e Juliana idolatrava o homem que, sendo quinze anos mais novo, dizia amá-la profundamente. Apesar dos seus cinquenta e