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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2016

A LÁGRIMA

A LÁGRIMA Uma lágrima, singela, teimosa, busca do seu deleite a razão. Na alegria gerada saltita por um rosto contente e feliz! Por sofrimento ou raiva, jorra sem qualquer contemplação... Num apelo mudo surge no rosto de um qualquer petiz. Quem és tu e donde vens, numa mensagem muda e estridente? Sou a mensageira da alma, trago novas do sentir da gente! No peito bate um coração em ritmo acelerado. O rosto comprime-se ao espessar tanta comoção! Choras e ris com um ar estúpido e meio atordoado. É alegria! Clamas tu. O motivo de tal confusão. Porque choras jovem, num desconcerto orquestrado? Choro de emoção é a alegria de ter triunfado! Húmidas e espessas, escorrendo pela face em torrente! Lavam os olhos cansados, tão tristes e tão chorosos... Em sofrimento geradas, escaldam a face e libertam a mente. Fundem-se com o eco dos lamentos clamorosos! Porque chorais vós que lidais com a vida em cada momento? É a alma pesada que se liberta do so

A INAUGURAÇÃO

A INAUGURAÇÃO Pare a história, cale-se o narrador, pasmem senhores por um instante! Toquem as trompetas e rufem os tambores, num furor nunca visto... Aqui bem perto de Sagres, um local sagrado para o Infante... Sai do porto uma nova NAU, preparada para qualquer imprevisto! Quem és tu que enfrentas a história com essa ironia suprema? Sou imobiliário, sou turismo e o meu nome é Salema! Não há champanhe no casco, mas descerra-se a placa comemorativa. Esta nau, que em terra navega, enfrenta as tormentas do mercado... Graciosa como só tu sabes ser, lideras o momento com iniciativa. Em cerimónia singela organizas a partida, sem mácula nem pecado! Quem és tu que enfrentas o mercado, vencendo qualquer dilema? Sou serviço, sou qualidade e o meu nome é Salema! Seguram-se as bandeiras com sal, sobre a placa o verde e o vermelho... Juntam-se os convivas à volta do palco, enchendo o recinto pouco a pouco. Em discurso forte e erudito, junta-se o novo com

A FLOR (Poesia)

A FLOR Nascida no campo em terra lavrada, bela, rústica, silvestre! Criada num jardim entre os seus pares, com muito amor. Por espontaneidade na floresta gerada, livre e agreste! A forma não importa, pois serás sempre uma flor! Não tens espinhos, mas és de colheita delicada... Teu caule frágil sente esmagar-se pela pressão! Numa jarra murchas qual mulher enjeitada... És flor do campo prender-te é sempre em vão! Na primavera apareces com um brilho sedutor... Vestida de verde e branco sob a forma de um botão! Desabrochas em busca do tão desejado calor... Recolhes tuas pétalas para te protegeres no verão. Sob uma capa singela de verde e alvo, ousas aparecer! Escondes rara beleza em pétalas de poder sedutor... És suave e perfumada como só a margarida sabe ser. És a rainha das flores sendo simplesmente uma flor! Num ramalhete ou isolada exibes teu porte... O branco, entre outras cores, ostentas de forma graciosa, À luz do sol bri