A LÁGRIMA Uma lágrima, singela, teimosa, busca do seu deleite a razão. Na alegria gerada saltita por um rosto contente e feliz! Por sofrimento ou raiva, jorra sem qualquer contemplação... Num apelo mudo surge no rosto de um qualquer petiz. Quem és tu e donde vens, numa mensagem muda e estridente? Sou a mensageira da alma, trago novas do sentir da gente! No peito bate um coração em ritmo acelerado. O rosto comprime-se ao espessar tanta comoção! Choras e ris com um ar estúpido e meio atordoado. É alegria! Clamas tu. O motivo de tal confusão. Porque choras jovem, num desconcerto orquestrado? Choro de emoção é a alegria de ter triunfado! Húmidas e espessas, escorrendo pela face em torrente! Lavam os olhos cansados, tão tristes e tão chorosos... Em sofrimento geradas, escaldam a face e libertam a mente. Fundem-se com o eco dos lamentos clamorosos! Porque chorais vós que lidais com a vida em cada momento? É a alma pesada que se liberta do so