EMBOTADO A chuva ausente, condenando o frio a brilhar a solo. O sol outonal que teima em manter o cascol na gaveta! As notícias que te fazem encolher, da mãe desejando o colo. O trágico evento que vês de longe por isso não te afeta! Sintomas da alma adormecida que vegeta no teu corpo vivo. Sentimentos que vives ao despertar e transportas contigo. A rotina da manhã, como autómato deixas o filho na escola. Corres para o emprego, desperto, ativo, apenas na aparência! Brilhas no desempenho, mas a retribuição por vezes desconsola… Vivenciais quase nada do muito que é a vossa eficiência. São múltiplas e diversas as realizações, mas sem real perceção, Do quanto passa por ti sem que se manifeste a tua emoção! Um camião assassino, qual trituradora, invade um mercado… Um homem de paz, à lei da bala, tomba brutalmente no chão! Políticos culpados sem penas e o terrorismo por todos condenado, À tua volta o mundo corre, tudo muda num turbilhão!