A JORNALISTA | PARTE VI | CAPÍTULO 7 - Maria Eduarda Mónica colocou-se deliberadamente no caminho dele. Era importante que a iniciativa do contacto fosse do segurança. Quando o miúdo desatou a correr ela viu a sua oportunidade e agiu. O choque foi inevitável. Mónica Fonseca colocou-se de costas para o segurança enquanto esfregava a canela. A pancada tinha sido com mais força do que antecipara. O segurança chamou o filho e repreendeu-o. «Boa tarde inspetora Mónica. Pede desculpa à senhora inspetora.» «A criança não teve culpa. Eu é que me coloquei no caminho dela.» A esposa do segurança entrou na loja com o filho enquanto eles ficaram ali à conversa. Ela bem tentou tirar nabos da púcara, mas não obteve qualquer informação relevante. Pelas bandas do palacete da Lapa existia uma revolução em curso, mas quanto aos mistérios da casa, nada. «Como já lhe tinha dito a mulher tinha o rosto tapado, mas pelo reflexo de um ou outro cabelo solto eu diria que talvez seja loira.»