Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2013

Postal de Ano Novo

Veio a chuva e frio também, veio a neve, sem consentimento. Nada susteve o seu nascimento, predestinado a viver, sendo Alguém. Não seria curta, nem comprida, e uma incógnita, quanto a grandes realizações. Umas vezes de pé, outras aos tropeções, assim lhe foi fadada a vida. Nasceu no pino do inverno, Em noite escura de tempestade! Noite de folia, feira de vaidade! Sem berço de ouro! Era um inferno. Dos ricos ancestrais, uma vaga memória, dos pais, apenas dívidas e dificuldades. A separar a mentira das diferentes verdades, um livro em branco, rezava a história. Findo o Inverno da infância, entrou na alegre Primavera da vida. No Verão teve o seu apogeu, época sofrida! Envelheceu no Outono. Foi-se a militância. Viste os teus amigos sem emprego, tristes os teus filhos, a emigrar! Tu, sem lágrimas, para a partida chorar, agarras-te à vida, sem nexo, mas com apego. Agora já tão perto do fim, amargam-te as memórias do que passo

Album fotográfico do lançamento do Código Impala

Postal (vivo) de Natal

Sobre a folha esvoaça a pena, com pena de isto ter de narrar! Pesam-te as penas do teu penar, sem que a vida se torne amena. Sem sequer olhar para mim, corres sempre sem parar, não sabes bem onde queres chegar, para isso, tinhas que conhecer o fim. Desvaneceu-se o fulgor de outrora, perdido, nas agruras da vida, restou a tua alma incompreendida, interrogas-te sobre o que fazer agora! Para onde corres afinal? Passam os meses e as estações, passou-te o ano, aos tropeções, o mundo parece querer-te mal! Lá no fundo surge uma luz, algo que pode fazer a diferença, dentro de ti renasce a esperança, bate à porta alguém, truz, truz… A medo é aberta a porta entra o aconchego da família, amizade e amor em vigília, e o resto já não importa Mesa farta, quem diria! Noite fora, serve-se o manjar, na bandeja, espaço para amar, ao invés de rica iguaria! Nessa noite tão especial, num mundo novo, em harmonia, paz, amor e muita

A Inspiração

Branca, limpa, fria e lisa, hoje, como nunca esteve! Sobre ti o lápis desliza, num sussurrar leve, que a mão conteve. Negra, sobre ti, a tinta das palavras que ouso em ti gravar, no teu mural a minha imaginação pinta, aquilo que a boca receia pronunciar. Será amor esta doce brisa? Que o esvoaçar da pena provoca, ou a paixão que a minha alma precisa, quando, para te possuir, os Deuses invoca. Num sopro profundo, vindo da alma, o corpo explode e em uníssono grita! Firme a pena, junto à palma e sobre a folha, surge a escrita. Manuel Mota Dezembro 2013