A MUDANÇA
Tantas horas de labuta, esforço imenso!
De saber feitas ou de estratégia e planeamento.
Sem drama, sobre a cena, finalmente cai o pano.
Agita-se o corpo, descansa enfim o pensamento.
É grande o alvoroço! Uma confusão organizada...
Firme, o comandante demanda: O que vai nos botes?
Questiona-se a vida; Vai tudo? Não vai nada?
Sim, é toda uma vida que vai dento dos caixotes!
Num momento que exige alguma reflexão,
Reforça-se o conhecimento, aumenta-se a confiança.
Reduz-se a carga do caixote, pois então!
Aproveitando enfim que é tempo de mudança...
Numa azáfama de formiga, em pleno estio
Para muitos olhares o seu trabalho nem sequer existe.
As meninas executam de fio a pavio.
Muitas tarefas árduas! Mas nenhuma desiste!
São o garante que as badaladas caem na hora certa.
Armando caixotes ou organizando uma agenda!
Sem desanimar mesmo quando a labuta aperta.
Ignorando se a hora é de almoço ou de merenda!
Alinhados os caixotes, em perfeito desalinho...
Diferentes destinos, mas perfeitamente identificados.
Qual pombo correio, cada um encontrará o seu “ninho”.
Pacientemente, aguardam para serem transportados!
Quebra-se a jura de pertença àquele local!
Num ápice, tudo muda, basta um fim de semana.
O eterno amor tornou-se efémero afinal!
Um perfume diferente do novo espaço logo emana!
Alvíssaras por um novo local gritam com vaidade.
Solenes são os votos de nova vida ali poder começar!
Mudam-se os tempos, mas não mudam as vontades...
Mudam as aparências! Na essência nada mais vai mudar!
O que mudou afinal perguntais intrigados!
Responde o comandante do alto do Promontório.
Acalmem-se os espíritos nesses corpos cansados!
Pois afinal apenas mudamos de escritório!
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