Branca,
limpa, fria e lisa,
hoje, como
nunca esteve!
Sobre ti o
lápis desliza,
num sussurrar
leve, que a mão conteve.
Negra, sobre
ti, a tinta
das palavras
que ouso em ti gravar,
no teu mural
a minha imaginação pinta,
aquilo que a
boca receia pronunciar.
Será amor esta
doce brisa?
Que o
esvoaçar da pena provoca,
ou a paixão
que a minha alma precisa,
quando, para
te possuir, os Deuses invoca.
Num sopro
profundo, vindo da alma,
o corpo
explode e em uníssono grita!
Firme a pena,
junto à palma
e sobre a
folha, surge a escrita.
Manuel Mota
Dezembro 2013
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