Veio a chuva e
frio também,
veio a neve, sem
consentimento.
Nada susteve o
seu nascimento,
predestinado a
viver, sendo Alguém.
Não seria curta,
nem comprida,
e uma incógnita,
quanto a grandes realizações.
Umas vezes de pé,
outras aos tropeções,
assim lhe foi
fadada a vida.
Nasceu no pino do
inverno,
Em noite escura
de tempestade!
Noite de folia,
feira de vaidade!
Sem berço de
ouro! Era um inferno.
Dos ricos
ancestrais, uma vaga memória,
dos pais, apenas
dívidas e dificuldades.
A separar a mentira
das diferentes verdades,
um livro em
branco, rezava a história.
Findo o Inverno
da infância,
entrou na alegre
Primavera da vida.
No Verão teve o
seu apogeu, época sofrida!
Envelheceu no
Outono. Foi-se a militância.
Viste os teus
amigos sem emprego,
tristes os teus
filhos, a emigrar!
Tu, sem lágrimas,
para a partida chorar,
agarras-te à
vida, sem nexo, mas com apego.
Agora já tão
perto do fim,
amargam-te as
memórias do que passou.
O que não fizeste
e o que feito ficou,
com amor e
carinho, embrulhas para mim.
No além fixas o
olhar triste,
com esperança e
grande saber.
Um desejo ardente,
faz o coração bater.
Sonhas com o
futuro que não viste!
Com poucos
motivos para celebrar,
passaram os dias,
meses e estações.
Quantas vitórias?
Tantas emoções!
Tantos sonhos,
para o novo ano realizar.
No coração, uma
esperança renovada!
Na mente, uma
férrea vontade!
Realizar com
orgulho e com vaidade!
Um novo ano. Uma
nova temporada!
Será sonho ou
será realidade?
A dúvida não
diminui a esperança,
voltam os risos o
folguedo e a dança,
nasce um Ano
Novo, que felicidade!
Lisboa, 30 de
Dezembro, de 2013
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