Avançar para o conteúdo principal

O PERCURSO






O PERCURSO

Tudo começou com muito encanto, certamente…
Num recanto deste país, cheio de amor.
Com “aquele” encanto e enlevado nesse encantamento!
Foi gerado um menino que hoje é um senhor.

Com simpatia mas olhando de cima como se fosses gigante.
Por escolas e colégios esbanjaste o chame com vaidade!
Com arrebatamento viveste paixões, depois seguiste em frente.
Mas tal como o comum dos mortais buscavas apenas a felicidade…

Cuidar do físico e da aparência são para ti prioridades.
Num exagero que abre as portas ao estigma da alcunha!
Cantor romântico, graças ao penteado, foste na universidade.
Top model na ECS, pois o teu estilo assim o impunha.

Invocando por vezes o falso estatuto de homem solteiro.
A vida é mesmo assim, vives de facto em União.
Relação selada com dois rebentos e como homem mais inteiro.
A família no patamar mais alto, segues em frente pois então!

Competência e profissionalismo são pergaminhos do teu percurso.
No lazer e no desporto querias sempre ser o primeiro.
Não descurem a formação! Vou tirar mais um curso!
Mas o teu Gin, cítrico e forte, é servido no cabeleireiro.

Uma banana às rodelas e um café, servidos numa bandeja.
Um pedido de desculpas, insistente, mas dolorosamente ignorado!
Um pastel de nata de bolo gigante vestido, é coisa para fazer inveja!
São pequenos carinhos de quem gosta de te fazer sentir amado.

A nobreza e a coragem do teu caráter fazem parte.
A saltar de para-quedas ou a esquiar demonstrada.
Na defesa dos amigos geres o conflito com arte.
Qual D. Quixote, contra a injustiça ergues a espada.

Há factos que de tão relevantes se tornaram um Marco.
Tão motivadores que com ansiedade te fazem sair da cama.
Procurando aquele com quem partilhas um manjar parco,
Juntos buscam a fruta e, deliciando-se, partilham a banana.

Privilegias a “alta voz” seguramente para espalhar o conhecimento.
Leucócomo e de aspeto sisudo enfrentas a tempestade.
Com afinco e com verdade, mas procrastinador em algum momento.
Quando não aguentas o loop, rendes-te ao treino com verdade!

A reunião que se alonga, o treino que se perde, uma correria!
A ata que falta ou o xuxuzinho que não digitaliza o documento.
A malta do liceu francês que te deixa doido, mas ela não sabia!
O que tu queres sei eu, dizes como quem adivinha o pensamento.

Sem perder o sentido de humor mas com muita seriedade.
Como o SCRAT, esquilo destemido e focado na sua bolota.
Com resiliência, sensatez e com muita disponibilidade.
Buscas noutro projeto a realização, pois isso é o que importa.

A seu tempo foste fiel a vários projetos ao que parece,
Se outro tipo de juras entretanto fizeste, só tu sabes da verdade.
Ao longo de seis anos serviste com orgulho apenas a ECS.
Ignorando que no futuro serias fiel à própria Fidelidade.



Comentários

Mensagens populares deste blogue

O SEMÁFORO

O SEMÁFORO Na cidade do Porto, numa rua íngreme, como tantas outras, daquelas que parecem não ter fim, há-de encontrar-se um cruzamento de esquinas vincadas por serigrafias azuis, abertas sobre azulejos quadrados, encimadas por beirais negros de ardósias, que alinham, em escama, até ao cume e enfeitadas de peitoris de pedra, sobre os quais cai a guilhotina. Estreita e banal, sem razões para alguém perambular, esta rua, inaudita, é possuidora de um dispositivo extraordinário, mas conhecido de muito poucos: Um semáforo a pedal, que sobreviveu, ao contrário dos “primos”, tão em voga na década de sessenta, na América Latina. No início do século XX, o jovem engenheiro, François Mercier, de génio inventivo, mudou-se para o Porto. Apesar do fracasso em França e na capital, convenceu um autarca de que dispunha de um dispositivo elétrico e económico, bem capaz de regular o trânsito dos solípedes de carga, carroças, carros de bois a caleches, dos ilustres senhores. O autarca ...

A ESPIGA RAINHA

A ESPIGA RAINHA O outono já marcava o ritmo. Os dias eram cada vez mais pequenos e as noites mais frias. O sol pendurava-se lateralmente no céu e apenas na hora do meio-dia obrigava os caminhantes a despir o casaco. Na agricultura, a história era outra: as mangas arregaçadas, aguentavam-se até ao fim do dia, graças ao esforço físico. Outubro ia na segunda semana e esta previa-se anormalmente quente para a época. Apesar dos dias quentes, os pássaros já procuravam abrigo para passar o inverno e as andorinhas fazia muito que haviam partido. Na quinta do José Poeiras era altura de tirar o milho dos lameiros. A notícia percorreu a vizinhança como um relâmpago: era a última desfolhada, portanto havia lugar a magusto e bailarico. José Poeiras era um lavrador abastado, mas isso não lhe valia de muito. As terras eram pobres e em socalcos e não lhe permitiam obter grande rendimento. O que lhe valia era a reforma de capitão do exército. Tinha ficado com a perna esquerda em mau estado ...

MUDANÇA

Caros seguidores, Por razões de eficiência e eficácia, decidi mudar a ancoragem do Blog, deixando O BLOGGER.COM e passando para o WORDPRESS. Assim, se quiserem continuar a seguir os meus escritos, agradeço que sigam o link em baixo  e façam clik na barra de seguir. https://opensamentoescrito.com/   Obrigado pelo vosso apoio que espero se mantenha neste novo formato. Cumprimentos