A FLOR
Nascida no campo em terra lavrada, bela, rústica,
silvestre!
Criada num jardim entre os seus pares, com muito amor.
Por espontaneidade na floresta gerada, livre e agreste!
A forma não importa, pois serás sempre uma flor!
Não tens espinhos, mas és de colheita delicada...
Teu caule frágil sente esmagar-se pela pressão!
Numa jarra murchas qual mulher enjeitada...
És flor do campo prender-te é sempre em vão!
Na primavera apareces com um brilho sedutor...
Vestida de verde e branco sob a forma de um botão!
Desabrochas em busca do tão desejado calor...
Recolhes tuas pétalas para te protegeres no verão.
Sob uma capa singela de verde e alvo, ousas aparecer!
Escondes rara beleza em pétalas de poder sedutor...
És suave e perfumada como só a margarida sabe ser.
És a rainha das flores sendo simplesmente uma flor!
Num ramalhete ou isolada exibes teu porte...
O branco, entre outras cores, ostentas de forma graciosa,
À luz do sol brilhas sem escolher sul ou norte.
És margarida pois então, não precisas de ser rosa!
Manuel Mota
Algures nos céus da Europa - Voo
da TAP 27.09.2016
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