A Poesia
A mente vazia, incapaz de criar... Nada!
No íntimo, um vácuo de amargo sabor a fel.
A linha no papel, viva, impaciente... Aguarda!
Num desafio perspícuo, ostensivo, até cruel!
As palavras que tardam… Espera desesperante!
O primeiro verso! Escrito com sofrimento e fé…
Sobre o papel a pena torna-se irreverente.
As ondas de palavras enchem a folha qual maré.
Com ardor e enlevo, descreve-se o amor...
Fala-se de paixão ou de outro qualquer sentimento!
Com palavras doces enaltece-se o sabor.
Do que ao corpo e à alma serve de alimento!
Do prazer e da dor fala-se com intensidade.
Procurando as palavras no oceano da imaginação!
Dum objecto fala-se com a mesma singularidade.
Navega-se o rio da inconstante e desejada inspiração.
Curioso contempla-se então o resultado.
Em folha branca que não mais está vazia!
Quanta satisfação por ver o sonho realizado.
Simples palavras que juntas se tornaram poesia!
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