A CHUVA
Abordagem objetiva
“A chuva fez descer a neblina, separando-a e deixando a
descoberto trechos de terra que se assemelhavam a pequenas ilhas rodeadas de um
oceano de espuma. As mulheres, retardatárias que caminhavam apressadamente,
seguindo pelo caminho em direção à igreja, seguravam numa mão o guarda-chuva
para se protegerem desta e usavam a outra para levantar as saias e não as
molhar, uma vez que o caminho estava coberto de alguns centímetros de água, ao
mesmo tempo que procuravam caminhar sobre as pedras.”
Abordagem subjetiva
A chuva fez descer a neblina, aliviando o ar sombrio daquela
manhã, separando-a e deixando a descoberto trechos de terra, entrecortados por
brumas de neblina, que se assemelhavam a ilhas e conferiam dignidade à
paisagem. Apesar da chuva, as mulheres, retardatárias, caminhavam
apressadamente, movidas pela fé, seguindo o caminho em direção à igreja. Com
uma mão seguravam o guarda-chuva, com convicção e com a outra levantavam as
saias, com firmeza, protegendo-as da água que cobria as pedras do caminho,
limpando-as com o mesmo vigor que a água benta limparia as suas almas.
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