O
SAL DA VIDA
O sal
queima-lhe os lábios, sedentos de um beijo.
Um mergulho
no sonho, de olhos abertos.
Pelo
teu corpo ondulado, perdido em desejo,
Cola-se
às ondas, ondulando no mundo dos afetos.
O suplício
de Tântalo, seca-lhe a garganta,
Sorve
o néctar feminino que a sede não espanta.
Esgrime
o corpo em arremessos inconstantes!
Carrega
a vontade em busca do querer…
Juntos,
erguem-se em movimentos imponentes,
Possuídos
por Pothos, dispostos a dar e a receber.
Beijos
erráticos, semeados no teu corpo, com amor,
Queimam-lhe
os lábios secos, com o sal do suor.
Empertigam-se,
num movimento espasmódico,
Sons
primatas, entrecortados por palavras incoerentes.
Sacodem-se
os corpos, num êxtase caótico,
Fundem-se,
enfim, os dois seres trementes.
Languidas
caricias, por dedos meigos espalhadas,
Sela-se
o ato, num beijo das criaturas apaixonadas.
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